segunda-feira, 12 de janeiro de 2009


Silêncio.

descompositores do agora, do instante, do momento.

Barulho.

A ordem em meio a desordem.

IMPROVISAÇÃO.


Eis que chega mais um segundo domingo do mês, portanto dia de sarau no Ibirapuera.
Fui um tanto quanto desanimada, confesso. Mas chegando lá já de longe ouvi uma música totalmente fora do "normal", e isso é claro, me fascinou.
Uma galera totalmente energizante, cantava e tocava a música da alma. Cada um com um instrumento musical diferente, e alguns até alternativos como, uma garrafinha de água com pedrinhas dentro, ou simplesmente o chinelo, tocavam. Aquilo me contagiou, e logo me agreguei a turma. Sem instrumento, dancei como o vento com meu flag. E com aquela música descompassada e ritmada viajei na vibe do momento. Ali, esqueci que existia tempo, realidade, ou trabalho. Era eu, a música e o vento.
Depois desta "brisa" a galera resolveu ir a uma exposição no MAM, sobre ninguém menos que Walter Smatak, o senhor do improviso. Inventor de instrumentos musicais, poeta e músico, o cara simplesmente reinventa a sua idéia de musicalidade, e todos o seu senso comum se esvái quando você se depara com um de seus instrumentos.

Na última sala da exposição havia alguns instrumentos dos quais, poderiam ser tocados pelo público. Claaaaro que juntou toda a galera e cada um tocou um.

Sensações únicas.

Improvisação do momento.

É essa diferessência que busco, é essa sensação de plenitude q almejo, e desejo a todos.

“O sentido do trabalho não está no trabalho, como muitos pensam. Está na criação do trabalho, no despertar das idéias, na formação das idéias. Está no olhar das crianças, no despertar da criança, para ela conhecer e mais tarde reconhecer o mundo e a si mesma.”

-Walter Smetak (1913 - 1984)

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